METODOLOGIA


O caráter inovador da proposta do PEIC Mata Atlântica baseia-se na premissa participativa para a elaboração de todas as atividades relacionadas ao ecoturismo no Projeto Corredores e nas unidades de conservação, entre elas: interpretação de trilhas, cursos de capacitação, elaboração de roteiros, produtos e de uma política estadual de ecoturismo.

As atividades são desenvolvidas por técnicos especializados, oriundos do Projeto Corredores Ecológicos no Espírito Santo e do Instituto Capixaba de Ecoturismo, além de parceiros estaduais e locais.

Todo o processo pauta-se na inserção participativa dos atores sociais de cada município circunscrito na área dos corredores, com objetivo de provocar uma participação autônoma no processo de criação do instrumento de política pública. Em todas as etapas, os participantes têm voz ativa nas construções e rumos do ecoturismo de suas regiões. Importante ressaltar ainda a importância do permanente processo de planejamento participativo, em especial os Diagnósticos Rurais Participativos (DRPs), e da interação entre o conhecimento científico e o etnoconhecimento.


O foco dos trabalhos é principalmente o atendimento às necessidades recreativas, educativas e estruturais de instituições publicas e privadas, unidades de conservação e comunidades locais, favorecendo assim a conservação dos ambientes naturais e o suprimento de informação, oportunidades e segurança a visitantes e moradores.

Por outro lado, ao mesmo tempo em que são consideradas as especificidades de cada localidade, balizamos a elaboração das diretrizes ecoturísticas levando em conta as demandas em escalas maiores, tais como as evidenciadas nos níveis estaduais, federais e mundiais.

A partir dessas premissas, a realização do PEIC Mata Atlântica foi estruturada nas consecução das seguintes etapas:

ETAPAS

Primeira Etapa – Inventários e Diagnósticos
Levantamento, identificação, avaliação e registro dos atrativos, dos serviços e dos equipamentos ecoturísticos e da infraestrutura de apoio ao segmento. Este levantamento se refere também às características histórico-culturais e ambientais relevantes das áreas prioritárias, políticas públicas de extensão, pesquisa e assistência técnica no meio rural, de manejo e conservação dos recursos naturais, instrumentos de fomento e crédito relacionados à temática, produtos sustentáveis, projetos e programas relevantes.

Segunda Etapa – Palestras e Oficinas
Apresentação de temas introdutórios sobre os corredores ecológicos e ecoturismo ao público-alvo (empresários e entidades prioritárias) e posterior realização de oficinas participativas em cada corredor. As oficinas objetivam a elaboração de um documento norteador, construído a partir de discussões sobre as demandas e da formatação de roteiros e produtos ecoturísticos nas regiões prioritárias.

Terceira Etapa - Formatação de Roteiros
Elaboração de roteiros ecoturísticos dentro das áreas prioritárias no CCMA-ES por meio de análises referentes à viabilidade econômica, social e ambiental e aos principais problemas e oportunidades para o ecoturismo, respeitando as especificidades das diferentes regiões do estado do Espírito Santo. Esta etapa teve seu processo de construção iniciado nas primeiras fases deste projeto.

Elaboração de um Sistema de Informações Geográficas (SIG) composto por mapas dos corredores ecológicos prioritários com seus respectivos atrativos e atividades ecoturísticas. A metodologia empregada prima pela organização dos dados e pela confecção e armazenamento de mapas relevantes em forma de shapes e de mapas temáticos georreferenciados.

Quinta Etapa – Seminários Regionais
Realização de três seminários regionais para apresentação de experiências locais e resultados parciais do plano, e para a validação do trabalho até então empreendido. Esses encontros são dirigidos aos atores institucionais e locais envolvidos no projeto.

Sexta Etapa – Fampress
Visitas técnicas às regiões dos roteiros construídos durante a terceira etapa do plano, para conhecimento e avaliação dos atrativos e serviços relevantes, visando à promoção do ecoturismo nos corredores ecológicos prioritários. Realizadas com apoio das prefeituras locais, são dirigidas a profissionais ligados à imprensa.