A criação dos roteiros ecoturísticos do PEIC Mata Atlântica significou criar uma programação de visitas às regiões turísticas (corredores prioritários), combinando atrativos, equipamentos, informações e serviços, observando a infra-estrutura turística local.
Na formatação das informações levantadas, a equipe procurou estruturar, ordenar, e ampliar a oferta turística local de forma integrada e organizada, possibilitando: o estímulo à criação de novos negócios e a expansão dos que já existem; o fortalecimento da identidade regional, especialmente através de roteiros segmentados como os de Turismo Pedagógico; o aumento da visitação, da permanência e do gasto médio do turista; a promoção do zoneamento das regiões turísticas; e o subsídio a parâmetros técnicos para elaboração das diretrizes finais do Plano.
Trazendo novamente à memória, a determinação dos roteiros do PEIC Mata Atlântica seguiu as seguintes orientações:
Þ Investigação da situação atual dos corredores prioritários;
Þ Envolvimento dos atores locais;
Þ Zoneamento das regiões turísticas e definição de segmentos;
Þ Avaliação e hierarquização das zonas turísticas;
Þ Elaboração dos roteiros segmentados.
A Investigação da situação atual dos corredores prioritários foi iniciada durante a etapa de Inventários e Diagnósticos, sendo retroalimentada na medida em que as ações seguintes iam se formando.
O processo de Envolvimento dos atores locais foi introduzida ja nas reuniões reliminares com o poder público local e intensificada durante a etapa de Oficinas e Palestras.
O processo de Envolvimento dos atores locais foi introduzida ja nas reuniões reliminares com o poder público local e intensificada durante a etapa de Oficinas e Palestras.
Zoneamento das regiões turísticas e definição de segmentos
A definição de segmentos para o desenvolvimento dos roteiros dependeu da indicação das principais aptidões ecoturísticas dos corredores prioritários (regiões turísticas), identificadas a partir dos principais atrativos encontrados, o que possibilitou a determinação de Zonas Turísticas, tornando possível a segmentação apropriada e posterior formatação dos roteiros ecoturísticos, apoiando-se, sobretudo, num estudo interpretativo da representatividade geográfica, ambiental e histórico-cultural dos atrativos e o grau de semelhança entre seus pares.
Inicialmente, a definição das Zonas Turísticas dependeu da avaliação do potencial de atratividade para ingressar no mercado e posibilidades de realizar investimentos futuros, além do estado de conservação atual dos atrativos, baseado em fatores que pudessem viabilizar o manejo das atividades de forma compatível com as várias características e necessidades do ambiente (fatores físicos, estéticos, demanda de mercado, uso da terra pela comunidade, acessibilidade, trilhas existentes, tipos de atrativos, áreas públicas e privadas etc).
Inicialmente, a definição das Zonas Turísticas dependeu da avaliação do potencial de atratividade para ingressar no mercado e posibilidades de realizar investimentos futuros, além do estado de conservação atual dos atrativos, baseado em fatores que pudessem viabilizar o manejo das atividades de forma compatível com as várias características e necessidades do ambiente (fatores físicos, estéticos, demanda de mercado, uso da terra pela comunidade, acessibilidade, trilhas existentes, tipos de atrativos, áreas públicas e privadas etc).
REPRESENTATIVIDADE
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INTERPRETAÇÃO
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Cultura Autêntica e Rica
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Identificar a história, os patrimônios, o folclore, as manifestações artísticas, artesanato, os eventos e costumes locais.
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Natureza Preservada |
Buscar parques, reservas naturais, praias, rios, lagos, montanhas e matas em condições especiais.
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Este estudo identificou 64 Zonas Turísticas, devidamente segmentadas, tornando-se territórios que admitem a ação recíproca de uma ou mais tipologias afins, pela oferta de diferentes atividades, agregando-lhes valor.
Avaliação e hierarquização das zonas turísticas
Identificadas as Zonas Turísticas e suas respectivas tipologias, o estudo dirigiu-se para: a avaliação do potencial de atratividade atual e futuro dessas áreas; e o alcance do mercado ecoturístico estadual, regional, nacional e internacional, objetivando em especial o reconhecimento quanto ao grau de representatividade ecoturística de cada uma delas a fim de, neste momento, incluí-las ou não em um roteiro turístico.
Para determinar a importância dessas áreas, foi aplicada uma metodologia de hierarquização de atrativos turísticos, justaposta e adaptada aos interesses exclusivos deste trabalho, determinando o valor dos atrativos quanto à sua potencialidade e representatividade e avaliando alguns itens essenciais, como: acessibilidade, transporte, apoio local, serviços turísticos, conservação da paisagem, grau de uso atual.
Foram consideradas também particularidades intrínsecas às atividades ditas ecoturísticas, tais como: acomodações com características especiais, organizadas e planejadas dentro dos conceitos ambientais e de acessibilidade; gastronomia genuína e de qualidade; serviço de condutores de ecoturismo qualificados; e atividades complementares de incentivo à pesquisa, promoção do conhecimento, responsabilidade social e valorização da cultura local.
Fonte: ICE, 2011
Fonte: ICE, 2011
O quadro abaixo apresenta o desenvolvimento do potencial de uma zona em escala de valor utilizada para avaliar o grau de atratividade das áreas, conforme as características, peculiaridades e o interesse que podem despertar nos ecoturistas.
Hierarquia
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Características
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3
(alto)
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É todo atrativo turístico excepcional e de grande interesse, com significação para o mercado turístico internacional, capaz de, por si só, motivar importantes correntes de visitantes, atuais e potenciais.
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2
(médio)
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Atrativos com aspectos excepcionais em um país, capazes de motivar uma corrente atual ou potencial de visitantes deste país ou estrangeiros, em conjunto com outros atrativos próximos a este.
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1
(baixo)
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Atrativos com algum aspecto expressivo, capazes de interessar visitantes oriundos de lugares no próprio país, que tenham chegado à área por outras motivações turísticas, ou capazes de motivar fluxos turísticos regionais e locais (atuais e potenciais).
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0
(nenhum)
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Atrativos sem méritos suficientes, mas que são parte do patrimônio turístico como elementos que podem complementar outros de maior hierarquia. Podem motivar correntes turísticas locais, em particular a demanda de recreação popular.
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Fonte: OMT, 2003
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Foram consideradas também particularidades intrínsecas às atividades ditas ecoturísticas, tais como: acomodações com características especiais, organizadas e planejadas dentro dos conceitos ambientais e de acessibilidade; gastronomia genuína e de qualidade; serviço de condutores de ecoturismo qualificados; e atividades complementares de incentivo à pesquisa, promoção do conhecimento, responsabilidade social e valorização da cultura local.
SERVIÇOS
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INTERPRETAÇÃO
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Hospedagem
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Acomodações com características especiais e compatíveis com a atividade, organizadas e planejadas dentro dos conceitos ambientais e de acessibilidade, situadas em áreas protegidas ou adjacentes a elas.
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Alimentação
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Gastronomia genuína e de qualidade, geralmente oferecida em conjunto com os serviços de hospedagem em estabelecimentos adequados que considerem a manipulação segura de alimentos e a higiene.
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Condução e Guiamento
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Buscar serviço de guias e condutores de ecoturismo qualificados para exercerem atividades de ecoturismo e tipologias a fins.
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Agregação de Valor
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Buscar atividades, serviços, valores e outros atributos que aumentam a atratividade do destino (incentivo à pesquisa, promoção do conhecimento, responsabilidade social e valorização da cultura local).
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AGREGAÇÃO DE VALOR
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INTERPRETAÇÃO
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Promoção de conhecimento
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Atividades que promovam informações sobre a dinâmica dos ecossistemas, o significado de elementos da natureza e a interpretação correta nos recursos.
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Responsabilidade social
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Ações que promovam iniciativas favoráveis ao desenvolvimento local e a inclusão social de comunidades menos favorecidas, através da participação no incentivo de atividades ecoturísticas.
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Valorização da cultura local
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Valorização da diversidade cultural que enfatize os saberes, fazeres e a identidade cultural incorporada na experiência turística, participativamente incorporada na oferta de serviços de alimentação, de hospedagem e de recreação.
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Roteiros Segmentados
Este estudo entende que um roteiro ecoturístico passa pela reunião interpretativa dos vários atributos alusivos ao patrimônio histórico e natural em conformidade com o destino turístico, considerando as diferentes tipologias apresentadas, podendo servir aos muitos interesses (contemplar ou observar) e intenções (estudar ou recrear) de públicos variados.
Assim, este trabalho tratou de elaborar roteiros segmentados para todos os corredores prioritários, seguindo as tipologias identificadas e respeitando as limitações estruturais obtidas nos estudos de hierarquização das zonas turísticas.
Segundo a cadeia de distribuição e comercialização de produtos turísticos, segue na tabela abaixo o conceito dos roteiros segmentados utilizados neste trabalho e seus respectivos conceitos:
Roteiro Segmentado
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Conceito
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Indireto (ou Agenciado)
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Comercializados por agências e operadoras de ecoturismo, que pode oferecer hospedagem, alimentação, transporte, recepção e prática da atividade de ecoturismo e aventura, entre outros.
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Direto (ou Autoguiado)
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Organizado diretamente pelo turista que orientado por um mapa e demais informações sobre o roteiro estabelecem contato com os serviços locais e agendam sua hospedagem, suas atividades recreativas e alimentação e a prática da atividade de aventura.
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Fonte: Ministério do Turismo, 2009
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Finalmente, partindo do pressuposto de que um roteiro ecoturístico pode atender os interesses de públicos distintos, alcançando desde adolescentes até “jovens da terceira idade”, cujas preferências vão da sofisticação à rusticidade, esse estudo de roteirização buscou ser propositivo em conjeturar roteiros segmentados que agregassem todas as regiões estudadas.
Foram preliminarmente identificados 21 roteiros, que abrangem todos os segmentos identificados neste plano, entendendo ser possível a promoção destes através de diferentes canais de distribuição disponíveis no mercado.
Esta fase tratou ainda de mapear e interpretar 35 percursos que envolvessem atividades de caminhada e canoagem nos dez corredores prioritários.
O processo final de formatação destes roteiros considerou as seguintes normas técnicas:
ABNT NBR 15285
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Turismo de aventura – Condutores – Competências de pessoal
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ABNT NBR 15286
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Turismo de aventura – Informações mínimas preliminares a clientes
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ABNT NBR 15505-1
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Turismo com atividades de caminhada – Parte 1 – Requisitos para produto
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ABNT NBR 15505-2
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Turismo com atividades de caminhada – Parte 2 – Classificação de percursos
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Fonte: SEBRAE, 2009
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RESULTADOS QUANTITATIVOS
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Roteiros levantados
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21
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Zonas turísticas indicadas
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64
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Trilhas Interpretadas
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35
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Registro fotográfico
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3709
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Pontos Georreferenciados
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723
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Mapas gerados
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15
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Quilômetros percorridos
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8521
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Zonas Turísticas
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Tipologias
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REBIO Córrego do Veado
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Ecoturismo e Estudos
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Formações Geológicas do Córrego do Veado
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Ecoturismo, Estudos e Aventura
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Rio do Norte
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Ecoturismo e Estudos
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Fazenda Escardini
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Ecoturismo, Estudos e Aventura
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APA Estadual da Pedra do Elefante
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Ecoturismo, Estudos e Aventura
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Formação Geológica de Cristalina
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Aventura
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Fortuna e Barra Seca
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Aventura
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Pip-nuk do Rio Cricaré
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Cultural, Estudos e Aventura
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REBIO de Sooretama
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Ecoturismo e Estudos
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Reserva Natural da VALE
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Ecoturismo e Estudos
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FLONA de Goytacazes
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Ecoturismo e Estudos
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REBIO Comboios
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Ecoturismo e Estudos
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Lagoas do Socomgo
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Ecoturismo, Aventura e Rural
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Delta do Rio Doce
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Ecoturismo, Estudos e Aventura
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Itapina
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Cultural e Estudos
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Formação Geológica dos Cinco Pontões
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Aventura
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Ibituba
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Aventura
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Serra do Palmital
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Ecoturismo e Aventura
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Patrimônio Cultural de Itaguaçú
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Cultural e Estudos
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Serra do Alto Misterioso
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Estudos, Aventura e Rural
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REBIO Augusto Ruschi
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Ecoturismo e Estudos
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Estação Biológica de Santa Lúcia
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Ecoturismo e Estudos
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Parque Municipal de São Lourenço
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Ecoturismo, Estudos e Aventura
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Serra do Caravaggio
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Ecoturismo, Estudos e Aventura
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Patrimônio Cultural de Santa Teresa
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Cultural e Estudos
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Comunidade do Tirol
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Ecoturismo, Estudos, Cultural e Aventura
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Rota Caminho do Imigrante
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Ecoturismo, Cultural e Aventura
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Patrimônio Cultural de Santa Leopoldina
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Cultural e Estudos
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Cachoeiras de Santa Leopoldina
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Ecoturismo e Aventura
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Serra do Ramalhete
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Ecoturismo, Estudos e Aventura
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Represa de Rio Bonito
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Aventura
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Pedra do Garrafão
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Ecoturismo e Aventura
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Projeto Muriqui
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Estudos
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Propriedades Agroecológicas
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Estudos
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Parque Municipal do Goiapaba-açú
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Ecoturismo, Estudos e Aventura
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Região de Pendanga e Rio Lampê
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Cultural e Aventura
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Mosteiro Zen Morro da Vargem
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Estudos e Cultural
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Parque Natural Municipal do Aricanga
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Ecoturismo, Estudos e Aventura
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Igreja Monte Serrat
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Aventura
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RPPN Três Pontões
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Ecoturismo e Aventura
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RPPN Vovó Dindinha
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Ecoturismo e Cultural
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Pedra dos Três Pontões
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Aventura
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Vale do Berra Onça
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Ecoturismo, Aventura e Rural
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Caminho do Emboque
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Ecoturismo, Aventura e Rural
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Rota Imperial de Conceição do Castelo
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Ecoturismo, Estudo e Aventura
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APA Estadual de Guanandy
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Ecoturismo, Estudos e Aventura
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Patrimônio Cultural de Itapemirim
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Cultural e Estudos
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Rio Itapemirim
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Aventura
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MONA Falésias de Marataízes
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Ecoturismo, Estudos e Aventura
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Monte Aghá
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Aventura
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Complexo Insular do Guanandy
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Ecoturismo, Estudos e Aventura
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Grupo Bicho do Mato
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Ecoturismo, Estudos e Cultural
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Circuito Turístico Águas de Burarama
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Ecoturismo, Aventura e Rural
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RPPN Cafundó
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Ecoturismo e Estudos
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FLONA de Pacotuba
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Estudos
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PARNA Caparaó
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Ecoturismo, Estudos e Aventura
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Patrimônio da Penha
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Ecoturismo, Cultural e Aventura
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Região de Pedra Roxa
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Ecoturismo
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Comunidade São João do Príncipe
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Estudos e Cultural
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REBIO de Duas Bocas
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Estudos
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Vale do Moxuara
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Ecoturismo, Estudos, Aventura e Rural
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APA Estadual do Mestre Álvaro
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Ecoturismo, Estudos, Aventura, Cultural e Rural
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APA do Morro do Vilante
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Aventura
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APA da Lagoa Jacuném
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Ecoturismo, Estudos e Aventura
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TRILHAS INTERPRETATIVAS
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NOME
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CORREDOR
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1. Pedra da Botelha
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Córrego do Veado
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2. REBIO Córrego do Veado
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Córrego do Veado
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3. Trilha Pedagógica da Botelhinha
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Córrego do Veado
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4. Pedra do Presidente
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Córrego do Veado
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5. Pedra do Elefante
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Pedra do Elefante
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6. Trilha do Palmeto
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Socomgo
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7. Trilha do Pequi Vinagreiro
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Socomgo
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8. Anjos da Lagoinha
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Socomgo
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9. Segredos do Degredo
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Socomgo
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10. Três Marias
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Duas Bocas – Mestre Álvaro
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11. Ilha do Gambá
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Guanandy
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12. Ilha dos Cabritos
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Guanandy
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13. Ilha dos Franceses
|
Guanandy
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14. Pedra da Ampulheta
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Alto Misterioso
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15. Areia Branca
|
Alto Misterioso
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16. Recanto das Águas
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Saíra-apunhalada
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17. RPPN Vovó Dindinha
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Saíra-apunhalada
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18. RPPN Três Pontões
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Saíra-apunhalada
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19. Árvores Centenárias
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Burarama-Pacotuba-Cafundó
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20. Pedra Lisa
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Burarama-Pacotuba-Cafundó
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21. Ribeirão Floresta
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Burarama-Pacotuba-Cafundó
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22. Cachoeira da Farofa
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Caparaó
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23. Cachoeira do Aurélio
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Caparaó
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24. Cachoeira dos Sete Pilões
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Caparaó
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25. Pico da Bandeira
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Caparaó
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26. Cachoeiras da Penha
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Caparaó
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27. Cachoeira Alta
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Caparaó
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28. Trilha do Vigia
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Centro Norte Serrano
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29. Trilha do Oratório
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Centro Norte Serrano
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30. Trilha da Lagoa
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Centro Norte Serrano
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31. Santa Lúcia
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Centro Norte Serrano
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32. Trilha Renascer
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Centro Norte Serrano
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33. Trilha do Retiro
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Centro Norte Serrano
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34. Trilha do Viveiro
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Centro Norte Serrano
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35. Trilha da Onça Parda
|
Centro Norte Serrano
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